21 de Fevereiro

107 anos de vida em flor

Maria Virgília de Andrade
107 anos - uma história de amor.
Nasceu na cidade de Almino Afonso, no dia 7 de agosto de 1912.

Ainda muito jovem casou-se aos 15 anos com Pedro Belarmino e foi morar no sítio João Pereira, localidade rural da cidade de Patu.
Teve 5 filhos - Wilson Belarmino (anjo nos céus), Francisco Belarmino (Chiquinho), José Belarmino (Teteca), Maria das Dores (Dorinha) e Joaquim Belarmino (Quincola).

Ficou viúva em 1939, e “Biia”, como todos a chamavam carinhosamente, tocou o barco para frente.

Teteca casado com Selma, dois patrimônios do amor, da fé e do afeto da cidade de Mossoró.
No leme do barco da vida estavam escritos as palavras trabalho e coragem, na vela que tremulava venceremos, e no mastro que segurava... a palavra amor.

E foi assim que “Biia”, aos poucos, vencia as ondas agitadas da vida segurando nas mãos de Deus, amparada no coração de Maria.

Em 1940, casa com João Tavares de Figueiredo e teve mais cinco filhos.

Terezinha, Rita, Maria de Lourdes (anjo), Maria e João Tavares Filho. Nove anos mais tarde fica viúva novamente.

Em 1971 Maria Virgília, na companhia de seus filhos, foram morar em Mossoró, à rua Amaro Cavalcante, 265, Centro bom da cidade, onde residem até hoje, luz dos olhos teus.

Não se pode fazer um relato da vida de Maria Virgília sem que se dedique um item especial: a religiosidade, fé inabalável.

Como testemunho de fé e coragem, em 1956, por uma graça alcançada, Maria Virgília foi e voltou de Patu à Canindé, a pé, viajando na companhia de outros romeiros por 800km, durante 21 dias.

Lindo!
Lindo!

No ano de 1987 ingressou no apostolado do Coração de Jesus.

Foi, por toda a vida, uma pessoa muito simples. Uma pessoa que abraçou a família, que fez cirandas, dona de histórias lindas entre os seus.
Mas sempre vaidosa, sempre gostou de comemorar festas em família, a exemplo do Natal, Dia das Mães e especialmente o seu aniversário.
Ah como eram felizes os seus aniversários!

E cada vez mais, porque chegar aos 107 anos de vida não é uma tarefa nada fácil! Meses atrás ela adoeceu, semanas atrás ela internou-se no hospital Wilson Rosado.

E devagarzinho como a vida pedia, nossa querida Maria pegou o caminho dos céus.

Foi, certamente, das mulheres mais guerreiras do Rio Grande do Norte. Sem alardes, sem dotes. Desbravou os seus caminhos como fazem as grandes mulheres, as verdadeiras heroínas.

Criou uma família linda, deixou legados, o seu coração purpurina.

Com o passar dos anos sua família cresceu... 28 netos, 36 bisnetos e 12 tetranetos.
Mais do que isso: a história de uma mulher que por 107 anos orgulhou chão, o coração e os céus potiguares.
 

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