15 de Março

História de amor

Com toda sinceridade eu não me chateio (como tantos, pela cidade), quando deparo-me com carroças por nossas ruas e avenidas.
Sempre achei que essas cenas dão um tempero interiorano e bucólico a nossa volta e chego, de verdade, a achar lindo quando, claro, meus bichos não são maltratados.

Essa semana passei por uma ali em Lagoa Nova... lá em cima um casal. Uns 40 e poucos anos, acredito, cada um.
Ele de camisa de botão, cabelo engomado. Ela com aqueles saiões, cabelão, um batom-cor-de-rosa-de-gritar.
Lindos, passaram o tempo que os fitei, de mãos dadas. Aqui e acolá um beijo, um selinho, um amasso e a boca, dela, na boca dele.
No sinal da Jaguarari com a Antonio Basílio, parei ao lado dos dois. Ouvia, claro, Ana Carolina.
- Eeeeeeeei! Adorei vocês!
E ela perguntou pra ele... “Quem é?”. Ele respondeu na lata: “Um doido!”.
Adorei a definição.
Kkkkkkkkkkkkkk!

Passaria horas ali com eles, não fosse a correria da vida teria parado, batido selfie, tornado-me amigo.

Adoro amizade com gente de verdade.
Mesmo que suas verdades saltem por sobre carroças.

 

 

Voltar