10 de Março

O que ficou do Carnaval?

 

Certamente não se esquecerá o vídeo postado pelo presidente. Para tantos uma agressão, outro tanto realidade. Para tantos decoro e para outro pedaço do mundo... “normal” ou... “real”.

Muitas escolas de samba, no Rio, clamaram por justiça.
Outras por um carnaval limpo e lindo - e sem partidos.
Tudo lindo, que se sambe!

E bloco, e fogos, améns.
Aliás, até hoje por ai, blocos ainda tem.

No Recife tudo tão colorido, em Natal tanta alegria, blocos ressurgindo.
Cidades inteiras sem festa como, por exemplo, Mossoró, a segunda maior do RN, que há anos vai matando seu carnaval.
Aliás, culturalmente falando... como Mossoró, também há anos, vai deixando a desejar.
Ora por desinteresse político, ora por falta de grana, ora por tudo junto.

Ficou, ainda, do carnaval, uma saudade bucólica de um tempo que, infelizmente, não se vive mais.
De gente sem arengas, sem redes sociais ostentando, sem irmãos se agredindo.

Do alto de um camarote acolá vi mulheres e homens livres, se beijando.
Às vezes três, por vezes quatro.
E outra turma exagerando no álcool, outra nuns caminhos nada a ver.
Vi grávidas bebendo, vi senhoras pulando.
Cada um, cada um.
Mas, claro, a grande maioria na paz, no amor, à sombra do prazer de estar... viva!
É o que vale!

Mas, afinal o que ficou do Carnaval?
De certo, mesmo, uma vontade de mudar.
Mudar o mundo, sei lá.
Fazê-lo mais limpo, talvez.
Menos aguerrido, certamente.

Fazê-lo mais feliz não somente entre confetes e serpentinas.
Para azuis ou rosas, meninos ou meninas.

Feliz simplesmente.

Fica a certeza de que precisamos mudar um tanto.
Rezar por Brumadinho, suas famílias aos prantos.

E ser bom.
Para um mundo cada vez mais carente de bondade.

 

 

Resultado de imagem para confete gif

Voltar